Quem procura acha. Essa frase sempre dita quando alguém suspeita ou desconfia de algo é praticamente um mantra de uma das profissões mais antigas da história da humanidade. Os detetives particulares, contratados por pessoas que querem descobrir determinadas questões de pessoas próximas, são sujeitos silenciosos, desconhecidos e cheios de disfarces. Em Natal, esses profissionais atuam em casos mais diversos, com preços variados e histórias, em algumas situações, com desfechos surpreendentes. Casos de infidelidade, disputas entre políticos, vigília de filhos e localização de pessoas são os mais comuns na capital potiguar.
Diferentemente do personagem de Arthur Conan Doyle, Sherlock Holmes, que investigava crimes policiais em sua maioria, os detetives particulares de Natal focam suas atividades em questões estritamente pessoais. As suspeitas de infidelidade chegam a atingir 90% dos trabalhos dos detetives, em alguns casos.
Além disso, há várias ramificações na investigação particular. São casos de localização de pessoas, análise de funcionários de uma determinada empresa, vigílias de filhos ou familiares e investigações solicitadas por políticos, em especial em período eleitoral.
“Eles procuram saber da outra oposição se estão comprando voto e querem na verdade derrubar o outro político. O que a gente tenta fazer é tentar pegar alguma compra, alguma entrega de material”, analisa o diretor da agência Detetive Potiguar, Alexsanderson Almeida, 43 anos, há 25 na investigação particular.
“Temos um trabalho em sistema que é levantamento de dados, de provas para advogados, levantamento de bens, patrimônios. Fazemos investigação defensiva, que seria fazer o dossiê de cada de cada funcionário que estava numa empresa. A rotina é bem agitada tanto em sistema quanto em campo”, acrescenta a detetive Alessandra Lima, 26, que atua há pouco mais de seis anos com investigação particular e é especializada mais na área de dados e informações.
Fonte: Tribuna do Norte